Caros concidadãos nas Ilhas e na
diáspora,
Celebramos hoje o dia
da Defesa Nacional, data instituída com o objectivo de homenagear os que se encontram,
em permanência, disponíveis para defender a Pátria, consentindo todos os
sacrifícios, incluindo o da própria vida.
Vivemos num mundo cada
vez mais complexo e diversificado que, a cada dia, obriga a que aspectos
importantes da operacionalização da Defesa Nacional sejam constantemente reconfigurados.
Hoje já não é possível concretizar, de forma adequada, o conceito de Defesa sem
o acompanhamento criterioso de importantes fenómenos que ocorrem no mundo de
forma acelerada, com especial relevância para a nossa sub-região.
As relações cada vez
mais estreitas entre o crime organizado, à escala internacional, e as desestabilizadoras
intervenções de cariz militar, protagonizadas pelo terrorismo internacional,
impõem uma aturada e competente conjugação de esforços aos níveis local,
regional e internacional, com implicações claras na conformação da Defesa
nacional.
Essas importantíssimas
e inevitáveis adequações, longe de conferirem às estruturas de Defesa Nacional uma
natureza diferente aos princípios que lhes estão na origem, pelo contrário, são
expressão da sua essência republicana que se concretiza na preservação da
integridade territorial, da soberania nacional e na defesa da ordem democrática
e das liberdades.
Nessa perspectiva, a
escolha do dia 06 de Novembro, dia em que as forças de defesa nacional prestaram
um inestimável serviço à Nação, contribuindo de forma decisiva para vencer a
grave epidemia da Dengue, que ameaçava a nossa população, traduz a assumpção
clara e de modo paradigmático de que a Defesa tem de estar, indissoluvelmente,
ligada às grandes causas nacionais, às necessidades, interesses e anseios das
pessoas.
Na sequência
do sucesso da resposta à situação inquietante do ponto de vista de saúde
pública, graças ao patriotismo dos cabo-verdianos, e em particular das forças
da defesa nacional, nascia o dia da Defesa Nacional.
Esse momento
alto da Nação, em termos de mobilização de todas as suas forças para combater
um flagelo de extensão nacional, deverá ser sempre lembrado como um exemplo de
que é possível vencermos os problemas que nos afligem, sejam de que natureza
forem, desde que nos unamos e nos galvanizemos para esse fim.
A segurança
nacional deve ser uma preocupação presente no nosso quotidiano, enquanto Estado
e sociedade, para que tenhamos um país onde todos possam viver em paz e tranquilidade
e em que a segurança, no dia-a-dia, integre, de forma harmoniosa, políticas que
promovam a democracia, o bem-estar e a justiça social.
O Dia da
Defesa Nacional deve constituir, deste modo, uma ocasião para se enaltecer as
instituições pilares da Defesa e Segurança que devem, sempre em articulação com
a sociedade civil, seguir reforçando a sua capacidade de intervenção e de
resposta, em todos os aspectos, para que possamos continuar a construir um Cabo
Verde próspero, feliz e baseado em valores nobres como a defesa e a promoção da
eminente dignidade da pessoa humana.
Todos somos
chamados a dar o nosso quinhão para a Defesa Nacional, pois ela constitui um
dos alicerces da nossa democracia e da consolidação do Estado de Direito
Democrático.
Os
cabo-verdianos, homens e mulheres, residentes em Cabo Verde, bem como os que laboram
no estrangeiro devem apropriar-se deste dia como mais um exemplo de unidade,
factor essencial para a afirmação desta nossa grande Nação espalhada pelo
mundo.
Na qualidade
do Presidente da República de Cabo Verde e Comandante Supremo das Forças
Armadas, manifesto o meu reconhecimento e apreço pelas instituições de Defesa e
Segurança, bem como à Cruz Vermelha de Cabo Verde, aos Bombeiros Voluntários e às
Associações Comunitárias que também integram o sistema Nacional de Protecção
Civil.
Aproveito o
ensejo para encorajar essas instituições a reforçarem as suas acções do
dia-a-dia, no cumprimento das respectivas missões, em prol da segurança e
bem-estar dos cabo-verdianos.
Felicitações aos
principais responsáveis do sector pelo trabalho concretizado
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