quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Mensagem de Sua Excelência o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Jorge Carlos de Almeida Fonseca, por ocasião do Dia de Defesa Nacional. Palácio da Presidência da República, 06 de Novembro de 2013

Caros concidadãos nas Ilhas e na diáspora,

Celebramos hoje o dia da Defesa Nacional, data instituída com o objectivo de homenagear os que se encontram, em permanência, disponíveis para defender a Pátria, consentindo todos os sacrifícios, incluindo o da própria vida.

Vivemos num mundo cada vez mais complexo e diversificado que, a cada dia, obriga a que aspectos importantes da operacionalização da Defesa Nacional sejam constantemente reconfigurados. Hoje já não é possível concretizar, de forma adequada, o conceito de Defesa sem o acompanhamento criterioso de importantes fenómenos que ocorrem no mundo de forma acelerada, com especial relevância para a nossa sub-região.
As relações cada vez mais estreitas entre o crime organizado, à escala internacional, e as desestabilizadoras intervenções de cariz militar, protagonizadas pelo terrorismo internacional, impõem uma aturada e competente conjugação de esforços aos níveis local, regional e internacional, com implicações claras na conformação da Defesa nacional.
Essas importantíssimas e inevitáveis adequações, longe de conferirem às estruturas de Defesa Nacional uma natureza diferente aos princípios que lhes estão na origem, pelo contrário, são expressão da sua essência republicana que se concretiza na preservação da integridade territorial, da soberania nacional e na defesa da ordem democrática e das liberdades.

Nessa perspectiva, a escolha do dia 06 de Novembro, dia em que as forças de defesa nacional prestaram um inestimável serviço à Nação, contribuindo de forma decisiva para vencer a grave epidemia da Dengue, que ameaçava a nossa população, traduz a assumpção clara e de modo paradigmático de que a Defesa tem de estar, indissoluvelmente, ligada às grandes causas nacionais, às necessidades, interesses e anseios das pessoas.


Na sequência do sucesso da resposta à situação inquietante do ponto de vista de saúde pública, graças ao patriotismo dos cabo-verdianos, e em particular das forças da defesa nacional, nascia o dia da Defesa Nacional.
Esse momento alto da Nação, em termos de mobilização de todas as suas forças para combater um flagelo de extensão nacional, deverá ser sempre lembrado como um exemplo de que é possível vencermos os problemas que nos afligem, sejam de que natureza forem, desde que nos unamos e nos galvanizemos para esse fim.

A segurança nacional deve ser uma preocupação presente no nosso quotidiano, enquanto Estado e sociedade, para que tenhamos um país onde todos possam viver em paz e tranquilidade e em que a segurança, no dia-a-dia, integre, de forma harmoniosa, políticas que promovam a democracia, o bem-estar e a justiça social.


O Dia da Defesa Nacional deve constituir, deste modo, uma ocasião para se enaltecer as instituições pilares da Defesa e Segurança que devem, sempre em articulação com a sociedade civil, seguir reforçando a sua capacidade de intervenção e de resposta, em todos os aspectos, para que possamos continuar a construir um Cabo Verde próspero, feliz e baseado em valores nobres como a defesa e a promoção da eminente dignidade da pessoa humana.

Todos somos chamados a dar o nosso quinhão para a Defesa Nacional, pois ela constitui um dos alicerces da nossa democracia e da consolidação do Estado de Direito Democrático.

Os cabo-verdianos, homens e mulheres, residentes em Cabo Verde, bem como os que laboram no estrangeiro devem apropriar-se deste dia como mais um exemplo de unidade, factor essencial para a afirmação desta nossa grande Nação espalhada pelo mundo.

Na qualidade do Presidente da República de Cabo Verde e Comandante Supremo das Forças Armadas, manifesto o meu reconhecimento e apreço pelas instituições de Defesa e Segurança, bem como à Cruz Vermelha de Cabo Verde, aos Bombeiros Voluntários e às Associações Comunitárias que também integram o sistema Nacional de Protecção Civil.
Aproveito o ensejo para encorajar essas instituições a reforçarem as suas acções do dia-a-dia, no cumprimento das respectivas missões, em prol da segurança e bem-estar dos cabo-verdianos.

Felicitações aos principais responsáveis do sector pelo trabalho concretizado


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