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Excelentíssimo
Senhor Embaixador,
Excelentíssimo
Senhor Ministro das Relações Exteriores,
Excelentíssimos
Senhores colaboradores da Presidência da República
Excelentíssimos
Senhores colaboradores da Embaixada do Egipto,
Excelentíssimos
Senhores diplomatas,
Excelentíssimos
Senhores jornalistas,
Minhas
senhoras e meus senhores,
É
para mim, Senhor Embaixador, uma grande honra receber as Cartas Credenciais que
acreditam Vossa Excelência na qualidade de Embaixador Extraordinário e
Plenipotenciário da República Árabe do Egipto junto da República de Cabo Verde.
Em 1976, procedia-se, de forma soberana e
independente, à assinatura do Acordo de estabelecimento de relações
diplomáticas entre os nossos dois Estados.
Registo
com agrado, que desde 1976, as relações de amizade e cooperação entre o Egipto e
Cabo Verde têm vindo a aumentar de forma sensível e a vários níveis e sectores,
tendo já registo de um número considerável de instrumentos jurídicos assinados,
dos quais se realça o Acordo Geral de Cooperação, importante instrumento para a
necessária redinamização da nossa cooperação técnica, aliás, objecto de uma
oportuna proposta de actualização feita pelas Autoridades Egípcias. Ela
merecerá, seguramente, toda a nossa atenção, por forma a maximizar as ofertas que nos têm sido presentes, nomeadamente, nas
áreas da medicina, da segurança, da
formação de curta duração e alargando – as para outros sectores de grande relevância também, quais sejam o
comércio, a energia e a agricultura.
Senhor
Embaixador,
Devo
igualmente referir-me às excelentes relações político-diplomáticas que, ao
longo dos tempos, os agentes da diplomacia dos nossos países foram tecendo no
âmbito dos diversos fora internacionais de que fazemos parte, das quais cito a
União Africana e as Nações Unidas aonde tem havido convergências de orientação
diplomática, bem assim na defesa de princípios e valores universais: o respeito
à soberania e integridade territorial de todas as Nações; reconhecimento da
igualdade de todas as raças e Nações, grandes e pequenas; solução pacífica de conflitos
de acordo com a Carta das Nações Unidas e o Princípio da Autodeterminação dos
povos.
Senhor
Embaixador,
Os
trágicos acontecimentos registados recentemente no nosso Continente perturbam-nos
a todos e merecem firme condenação e repúdio.
Cabo
Verde reagiu vivamente ao condenar os golpes perpetrados nomeadamente no Mali e
na Guiné Bissau.
Aproveito
este momento para reiterar o apelo à reposição imediata da legalidade
Constitucional e que sejam respeitados os direitos fundamentais dos cidadãos
ainda privados de sua liberdade.
No
que concerne à situação no Médio Oriente, expresso o desejo de ver a questão da
Palestina resolvida, por via negocial, no quadro das Resoluções pertinentes
emanadas da ONU.
Senhor
Embaixador,
Em
Cabo Verde já se pratica a democracia de uma maneira particularmente intensa,
sendo certo que temos ainda muito progresso a fazer neste domínio. E os nossos
cidadãos reivindicam cada vez mais espaço para expressarem livremente a sua
cidadania, certos de que encontram respaldo e protecção que lhes confere a
nossa Constituição.
Manifesto
meu regozijo por saber que a vida política e social no seu país vai se
normalizando, ao encontrar o caminho da paz e da indispensável tranquilidade
para todos seus cidadãos para que o Egipto, uma das maiores e ricas
civilizações do mundo, possa continuar sendo um país de gente culta, tolerante,
aberta ao mundo e com uma democracia forte e radiante.
Para
terminar, gostaria de felicitar V. Excelência e desejar-lhe muitos sucessos
tanto pessoais quanto profissionais, ciente de que no decurso dessa sua Missão
que ora se inicia, saberá empenhar-se para que as relações de amizade e de
cooperação já excelentes entre os nossos dois países e povos, possam se tornar
ainda mais intensas, podendo, para o efeito, contar com a plena disponibilidade
institucional do Presidente da República.
Muito
Obrigado.
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